Na infância, crianças de ambos os sexos têm sua saúde avaliada com regularidade pelo Pediatra. Vencida esta etapa da vida, a mulher adolescente passa a ser acompanhada pelo Ginecologista, o qual, a partir de então, assume na maioria das vezes, a responsabilidade pela atenção à sua saúde. O homem, por sua vez, permanece sem acompanhamento médico de rotina até que atinja a quinta ou sexta décadas de vida. Ao longo desse período, desde as consultas com o Pediatra, os atendimentos médicos ficam restritos a situações agudas, pontuais.
A partir da década de 90 uma série de campanhas promovidas pela Sociedade Brasileira de Urologia tem estimulado homens a buscar um atendimento preventivo, sendo o Urologista o médico indicado a assumir esse papel na avaliação integral da sua saúde. Em 2010, a população de homens com idade igual ou superior a 40 anos era de aproximadamente 34 milhões; este número será o dobro até 2050 de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Observamos porém, que as curvas de expectativa de vida por gênero denotam uma diferença favorável às mulheres.
O homem vai menos ao médico. Uma barreira histórica e cultural gera no homem o receio de expor uma eventual fragilidade, associada à escassez de tempo e por julgar-se o guardião da família. Está na hora de mudarmos essa história e propiciar ao homem o mesmo cuidado à saúde que de todos é direito.
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