A disfunção erétil é a incapacidade do homem de alcançar ou manter uma ereção adequada para uma relação sexual satisfatória.
Para entendê-la, é importante saber como as ereções ocorrem. Quando um homem é excitado sexualmente, nervos e neurotransmissores trabalham juntos para relaxar e dilatar as artérias presentes dentro do tecido peniano, para que o pênis possa se encher de sangue. As veias, que trazem o sangue de volta, contraem para manter o sangue dentro do pênis, formando a ereção. Depois que o homem ejacula, o sangue é liberado de volta ao corpo.
Esse problema se torna mais comum à medida que os homens envelhecem. Estudos mostram que por volta de 1 em cada 2 homens acima dos 50 anos de idade possui algum grau de disfunção erétil. Embora a doença se torne mais comum para os homens quanto mais velhos eles ficam, o envelhecimento não é a única causa, também estando associado a algumas condições médicas, como doenças cardíacas e diabetes. Estima-se que cerca 50% dos homens diabéticos têm algum grau de disfunção erétil.
Além disso, estudos recentes indicam que ela pode ser um sinal de alerta precoce para um problema mais sério, como doença cardiovascular. Segundo esses estudos, homens com disfunção erétil sofrem maior risco de ataque cardíaco, AVC ou de problemas circulatórios nas pernas.
É importante para a vida sexual e para a saúde geral, diagnosticar e tratar as condições que causam a DE.
A DE pode acontecer:
• Quando o fluxo sanguíneo no pênis é limitado. Os fatores de risco para este cenário são hipertensão arterial, diabetes, aumentos dos níveis de colesterol, obesidade tabagismo. Nesta situação, ela pode funcionar como um alerta precoce para uma doença mais séria, como a doença arterial coronariana.
• Quando os impulsos nervosos do cérebro ou da medula espinhal não chegam ao pênis, por alguma doença (diabetes), lesão neural traumática ou cirúrgica, como para o tratamento do câncer de próstata.
• Quando o pênis não consegue reter o sangue durante uma ereção
• Com o estresse ou por motivos emocionais, afinal no sexo é preciso que a mente e o corpo trabalhem juntos.
Existe tratamento?
Mudança de estilo de vida
O tratamento para a disfunção erétil começa com os cuidados com o coração e saúde vascular. É importante destacar e apontar os ‘fatores de risco’ que podem ser alterados ou melhorados.
• Melhorar os seus hábitos alimentares (como comer mais alimentos com base em verduras e limitar os alimentos com elevado teor de gordura ou processados)
• Manter um peso saudável
• Parar de fumar
• Exercitar-se mais
• Limitar as drogas e o álcool
• Dormir mais (idealmente entre 7 a 8 horas por noite)
Medicamentos orais
Os medicamentos orais conhecidos como inibidores da fosfodiesterase tipo 5, aumentam o fluxo sanguíneo do pênis. Esses são medicamentos administrados oralmente em forma de comprimidos. Para obter os melhores resultados, os homens devem tomar essas pílulas por volta de uma ou duas horas antes do ato sexual.
Terapia a vácuo
Um dispositivo de ereção a vácuo é um tubo de plástico que desliza sobre o pênis, criando um isolamento com a pele do corpo. Uma bomba na outra extremidade do tubo faz uma pequena pressão a vácuo ao redor do pênis. A pressão da bomba resulta em uma ereção. Passa- se então um anel de elástico para a base do pênis para segurar o sangue. Assim, é possível criar uma ereção por até 30 minutos.
Injeção-intracavernosa
Caso os medicamentos orais não funcionem, um medicamento com função de dilatar as artérias no pênis pode ser administrado através de uma injeção direta no tecido erétil, cerca de 15 minutos antes do ato sexual.
Implantes penianos
As próteses penianas são estruturas tubulares colocados cirurgicamente dentro de cada corpo cavernoso do pênis, ocupando o lugar do tecido erétil. Elas produzem uma rigidez no pênis que permite uma penetração e um ato sexual satisfatório.
É uma boa opção para muitos homens com DE que não obtiveram sucesso com as terapias anteriores e que buscam uma solução definitiva para retomarem a vida sexual.
Departamento de Medicina Sexual
SBU-SP
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